sexta-feira, 25 de outubro de 2013

fILOSOFIA MOCAMBICANA

jean jacques



aluno do pastor Lambercier. Gostava de passear pelos campos. Em certa ocasião, encontrando os portões da cidade fechados, quando voltava de uma de suas saídas, opta por vagar pelo mundo.

Acaba tendo como amante uma rica senhora e, sob seus cuidados, desenvolvendo o interesse pela música e filosofia. Longe de sua protetora, que agora estava em uma situação financeira ruim e com outro amante, ele parte para Paris.

Havia inovado muitas coisas no campo da música, o que lhe rendeu um convite de Diderot para que escrevesse sobre isso na famosa Enciclopédia. Além disso, obteve sucesso com uma de suas óperas, intitulada O Adivinho da Vila. Aos 37 anos, participando de um concurso da academia de Dijon cujo o tema era: "O restabelecimento das ciências e das artes terá favorecido o aprimoramento dos costumes?", torna-se famoso ao escrever respondendo ele foi um artista de forma negativa o Discurso Sobre as Ciências e as Artes, ganhando o prêmio em 1750.

Após isso, Rousseau, então famoso na elite parisiense, é convidado para participar de discussões e jantares para expôr suas ideias. Ao contrário de seu grande rival Voltaire, que também não tinha o sangue azul, aquele ambiente não o agradava.

Rousseau tem cinco filhos com sua amante de Paris, porém, acaba por colocá-los todos em um orfanato. Uma ironia, já que anos depois escreve o livro Emílio, ou Da Educação que ensina sobre como deve-se educar as crianças.

O que escreve como peça mestra do Emílio, a "Profissão de Fé do Vigário Saboiano", acarretar-lhe-á perseguições e retaliações tanto em Paris como em Genebra. Chega a ter obras queimadas. Rousseau rejeita a religião revelada e é fortemente censurado. Era adepto de uma religião natural, em que o ser humano poderia encontrar Deus em seu próprio coração.

Entretanto, seu romance A Nova Heloísa mostra-o como defensor da moral e da justiça divina. Apesar de tudo, o filósofo era um espiritualista e terá, por isso e entre outras coisas, como principal inimigo Voltaire, outro grande iluminista.

Em sua obra Confissões, responde a muitas acusações de François-Marie Arouet (Voltaire). No fundo, Jean-Jacques Rousseau revela-se um cristão rebelado, desconfiado das interpretações eclesiásticas sobre os Evangelhos. Sempre proferia uma frase: "quantos homens entre mim e Deus!", o que atraía a ira tanto de católicos como de protestantes.

Politicamente, expõe suas ideias no Do contrato social/Contrato Social. Procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da corrupção. A soberania do poder, para ele, deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos cidadãos. Segundo suas ideias, a população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos naturais em direitos civis, afinal "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe".

No ano de 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos. Refugiou-se na cidade suíça de Neuchâtel. Em 1765, foi morar na Inglaterra a convite do filósofo David Hume. De volta à França, casou-se com Thérèse Levasseur, no ano de 1767.

Depois de toda uma produção intelectual, suas fugas às perseguições e uma vida de aventuras e de errância, Rousseau passa a levar uma vida retirada e solitária. Por opção, ele foge dos outros homens e vive em certa misantropia.

Nesta época, dedica-se à natureza, que sempre foi uma de suas paixões. Seu grande interesse por botânica o leva a recolher espécie e montar um herbário. Seus relatos desta época estão no livro "Devaneios de Caminhante Solitário". Falece aos 66 anos, em 2 de julho de 1778, no castelo de Ermenonville, onde estava hospedado.

Citações[editar]

"O homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros . Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser tão escravo quanto eles."
"A maioria de nossos males é obra nossa e os evitaríamos, quase todos, conservando uma forma de viver simples, uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza"
"O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer 'isto é meu' e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém'"
"E quais poderiam ser as correntes da dependência entre homens que nada possuem? Se me expulsam de uma árvore, sou livre para ir a uma outra"
"A meditação em locais retirados, o estudo da natureza e a contemplação do universo forçam um solitário a procurar a finalidade de tudo o que vê e a causa de tudo o que sente"
"A única instituição que ainda se constitui natural é a Família "
"O escravo não é propriedade do outro, mas não deixa de ser homem ".
"O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe."
"Mesmo quando cada um de nós pudesse alienar-se não poderia alienar a seus filhos: eles nascem homens e livres, sua liberdade lhes pertence e ninguém, senão eles, pode dispor dela. Antes de chegar à idade da razão, o pai pode, em seu nome, estipular as condições de sua conservação, do seu bem-estar, porém, não dá-los irrevogável e incondicionalmente porque um dom semelhante contraria os fins da natureza e sobrepuja os limites da finalidade paternal. Seria, pois, preciso para que um governo arbitrário fosse legítimo, que, em cada geração o povo fosse dono de aceitá-lo ou de rejeitá-lo; porém, então o governo não seria arbitrário."
Sobre o governo, que para Rousseau é "Um corpo intermediário entre os súditos e o soberano, para sua mútua correspondência, encarregado da execução das leis e da conservação da liberdade, tanto civil como política.", e a submissão do povo aos chefes [governantes] diz: "É somente um incumbência, um cargo, pelo qual simples empregados [governantes] do soberano [povo] exercem em seu nome o poder de que os faz depositários, e que ele pode limitar, modificar e reivindicar quando lhe aprouver."
"Se houvesse um povo de deuses, ele seria governado democraticamente. Um governo tão perfeito não convém aos homens."
"Maquiavel fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo".
"Amanham-se as plantas pela cultura e os homens pela educação (...) Tudo o que não temos à nascença e de que necessitamos quando somos grandes, é-nos dado pela educação."
Os grandes princípios da filosofia rousseauniana[editar]

O estado de natureza[editar]
O estado de natureza, tal como concebido por Rousseau, está descrito principalmente em seu livro Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens.

A definição da natureza humana é um equilíbrio perfeito entre o que se quer e o que se tem. O homem natural é um ser de sensações, somente. O homem no estado de natureza deseja somente aquilo que o rodeia, porque ele não pensa e, portanto, é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um desejo que ele não percebe. Estas são as únicas coisas que ele poderia "representar". Então, os desejos do homem no estado de natureza são os desejos de seu corpo. "Seus desejos não passam de suas necessidades físicas, os únicos bens que ele conhece no universo são a alimentação, uma fêmea e o repouso".

Além disso, o homem natural não pode prever o futuro ou imaginar coisas além do presente. Em outras palavras, a natureza de si corresponde perfeitamente ao exterior. No Ensaio, Rousseau sugere que o homem natural não é sequer capaz de se distinguir de outro ser humano. Essa distinção requer a habilidade de abstração que lhe falta. O homem natural também ignora o que é comum entre ele e um outro ser humano. Para o homem natural, a humanidade para no pequeno círculo de pessoas com quem ele está no momento. "Eles tiveram a ideia de um pai, filho, irmão, e não de um homem. A cabine continha todos os seus companheiros … Fora eles e suas famílias, não havia mais nada no universo. " (Ensaio, IX) A compaixão não poderia ser relevante fora do pequeno círculo, mas também essa ignorância não permitia a guerra, como os homens não se encontravam com praticamente ninguém. Homens, se quisessem, atacavam em seus encontros, mas estes raramente aconteciam.

Até então, Rousseau toma posição contra a teoria do estado de natureza hobbesiano. O homem natural de Rousseau não é um "lobo" para seus companheiros. Mas ele não está inclinado a se juntar a eles em uma relação duradoura e a formar uma sociedade com eles. Ele não sente o desejo. Seus desejos são satisfeitos pela natureza, e a sua inteligência, reduzida apenas às sensações, não pode sequer ter uma ideia do que seria tal associação. O homem tem o instinto natural, e seu instinto é suficiente. Esse instinto é individualista, ele não induz a qualquer vida social. Para viver em sociedade, é preciso a razão ao homem natural. A razão, para Rousseau, é o instrumento que enquadra o homem, nu, ao ambiente social, vestido. Assim como o instinto é o instrumento de adaptação humana à natureza, a razão é o instrumento de adaptação humana a um meio social e jurídico.

É justamente a falta de razão que possibilita o homem a viver naturalmente: a razão, ou a imaginação que o permite considerar outro homem como seu alter-ego (ou seja, como um ser humano também), a linguagem e a sociedade, tudo isso constitui a cultura, e não são faculdades do estado de natureza. Mesmo assim, o homem natural já possui todas essas características; ele é anti-social, mas é associável: "não é hostil à sociedade, mas não é inclinável a ela. Foram os germes que se desenvolveram, e podem se tornar as virtudes sociais, tendências sociais, mas eles são apenas potenciais."(Segundo Discurso, Parte I). O homem é sociável, antes mesmo de socializar. Possui um potencial de sociabilidade que somente o contato com algumas forças hostis podem expor.

Amor e ódio[editar]
Não há dúvida alguma de que Rousseau fez soprar um vento revolucionário sobre as ideias de amor e ódio: ele debate a sexualidade como uma experiência fundamental na vida do ser humano, a tomada de consciência da importância dos sentimentos de amor e ódio na construção da sociedade humana e no seu desenvolvimento pessoal, e enfim, essa abertura para o debate moderno sobre a divisão do amor entre amor conjugal e amor passional. Pode-se atribuir a Rousseau a tentativa de estabelecer, na sociedade do século XVIII, uma nova noção: a de que a personalidade do indivíduo, que concerne o tratamento que ele dá aos outros e a sua própria sexualidade, é formada na infância.

O Contrato Social[editar]
A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos, e se desdobra em quatro livros.

No primeiro livro “Onde se indaga como passa o homem do estado natural ao civil e quais são as condições essenciais desse pacto”, composto de nove capítulos. Primeiramente se aborda a liberdade natural, nata, do ser humano, como ele a havia perdido, e como ele haveria de a recuperar. Dessa forma, já no quarto capítulo, Rousseau condena a escravidão, como algo paradoxal ao direito. A conclusão é que, se recuperando a liberdade, o povo é quem escolhe seus representantes e a melhor forma de governo se faz por meio de uma convenção.

MERCADOS EM MAPUTO

Prezados,
O Mercado hoje está diversificado. O cenário actual de Mercados é de grande concorrência devido ao surgimento de Grandes e Medias empresas que disputam Clientes e Produtos a todo custo e a todo momento.
Para entrar no mercado dinâmico, precisamos estabelecer estratégias que sobrevivam às mudanças turbulentas dos mercados. Temos que construir alicerces fortes que não sejam derrubados pelas tempestades. E isso não será feito concentrando se em promoções e anúncios. Ao contrário, precisamos conhecer a estrutura do mercado, desenvolver relações com os fornecedores e distribuidores, investidores, clientes e outras pessoas e empresas importantes do sector. Essas relações são mais importantes do que preços baixos e promoções instantâneas.
Assim, praz nos incentivar os investidores de LE CABRITE a acompanhar este estudo em páginas subsequentes, onde apresentamos instrumentos administrativos que visam identificar previamente ameaças no ramo prestes a investir. O estudo mostra ainda factores impulsionadores que positivem a lisura e legalidade do investimento, introduzindo um eximo controlo interno na busca máxima da transparência, pois estamos cientes de que o ágio planejado de capital deve gerar lucros e estabilidade mercado lógica.
ANALISE PROVISIONAL DE INVESTIMENTOS
Os aspectos financeiros são aqui encarados exclusivamente do ponto de vista da preparação de projecto ”Le Cabrite” e não lançando se a exposição de análises metodológicas e a conceitos de análise financeira Empresarial. Tratemos de assunto Básico para a efectivação deste projecto que é o caso da perspectiva financeira ou Cash flow.
BASES:
·        Financiamento a curto prazo
·        Financiamento a médio e Longo prazos
·        Balanços previsionais
Os financiamentos a curto prazo pormenorizam numa perspectiva de maior detalhe possibilitada pela antevisão do futuro imediato, são em geral, por isso mesmo, ventilados por períodos temporais curtos (mês ou trimestres) consubstanciando se no orçamento de tesouraria (Cash flow) o qual pressupõe se investir.
Paralelamente os activos de exploração, isto é, os stocks e os créditos da actividade corrente são por vezes financiados a curto prazo (desconto comercial) merecendo essa luz de consideração neste projecto.


FUNDO DE MANEIO CORRENTE
Quer para financiar o arranque da exploração da iniciativa do projecto, quer o seu desenvolvimento corrente é necessários meios financeiros para além dos inicialmente investidos em activos imobilizados (edifícios, equipamentos etc.)
Esses fundos destinam se a financiar o activo circulante, ou seja, a permitir a actividade produtiva apesar do desfasamento temporal entre a realização das despesas da produção e a realização das receitas da venda, e a permitir a manutenção de um nível adequado de produtos acabados para que não ocorram interrupções de aprovisionamento.
FINANCIAMENTO A LONGO E MEDIO PRAZOS
A realização de um projecto de investimento representa uma aplicação de fundos, de que a “LE CABRITE” dispõe ou que terá de obter de terceiros.
 Os fundos tanto podem ser aplicados no investimento propriamente dito como na sua exploração. Por isso é frequente encontrar se o capital alheio classificado em capital de funcionamento e capital de financiamento, correspondendo em regra o primeiro a capital de reembolso a terceiros, a curto prazo o segundo a capital a médio e longo prazos.
Estes aspectos devem ser tomados em conta no estabelecimento do plano de financiamento a médio e alongo prazos visto que “le cabrite “ é um projecto de investimentos, sob pena de se ter um esquema de financiamento desproporcionado com reflexos negativos na qualidade da gestão, traduzindo se em uma estrutura financeira deficiente.
O plano de financiamento deve apresentar, anualmente, as origens e as aplicações de fundos, discriminando os montantes de cada origem e destinos de cada aplicação (Princípios de Contabilidade). A sua elaboração só é possível quando conhecidos os custos de investimentos e de exploração e as fontes de capital alheio possíveis.
ESTUDO DE ENQUADRAMENTO JURIDICO E FINANCEIRO
Para um projecto de investimento deve se sistematizar as informações sobre os meios legais e financeiros de o realizar, pois pode suceder que o projecto seja técnica e economicamente viável mas materialmente á luz das referidas informações.
Dai que apelamos a “LE CABRITE” a prestar mais que costumeira atenção neste aspecto.
INFORMACAO SOBRE MEIOS LEGAIS
a)   Regime jurídico de inicio de actividades
b)  Regime jurídico de exploração da actividade
-A legislação que regula a actividade devera em causa ser previamente estuda pelos responsáveis de Le cabrite, em particular as normas de direito administrativos em geral e os aspectos particulares da legislação de trabalho.
ASPECTOS DE MAIOR RELEVANCIA
·        Higiene, segurança, salubridade das instalações e Seguros.
·        Disposições Legais sobre trabalho (Contratos, acordos, etc.)
·        Disposições Legais sobre a comercialização interna e externa relacionadas com a produção em causa, com destaque para a legislação aduaneira (direitos e taxas de importação de matéria prima se for o caso)
FORMALIDADES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO
No caso de se tratar de um projecto que futuramente dará origem a uma nova Empresa, haverá obviamente que iniciar os procedimentos legais para a sua constituição:
a)   A escolha e registo da denominação social
b)  A elaboração do pacto social
c)   A realização da escritura de constituição
d)   d)A subscrição do capital e sua parcial ou total pelos sócios




ESTUDO DE MERCADO
O estudo de mercado tem por objectivo, nos projectos produtivos (le cabrite) determinar a procura potencial dos consumidores dos bens ou serviços a produzir, tendo em conta as condições económico-sociais como:
·        Concorrência
·         Preços
·        Rendimentos
·        Hábitos
·        Instituições, em evolução na área geograficamente visada pelo projecto.
AREA PRETENDIDA PELO PROJECTO
·        Maputo Cidade

A cidade de Maputo regista nos últimos anos (2010-2013) ambiente económico significante principalmente nas áreas de turismo mercê dos esforços alcançados a nível regional pelo governo moçambicano.


·        Concorrência
Esta cidade, tem tudo e todos com mesmo objectivos: Manter a base de sustento do negócio e procurar posicionar se melhor face aos seus concorrentes directos. Este é o “dilema” de muitos investidores em Maputo.
O que todos têm é dinheiro para cobrir o arranque do negócio mas todos não tem tempo de conhecer o mercado, suas mutações para alicerçar melhor o investimento, todos gastam em aspectos ligados ao marketing tradicional (Rádio, TV, dísticos etc.) quando a questão passa necessariamente por conhecer o mercado como nos referimos.
Factores como; localização, preços e distribuição podem posicionar melhor a Le Cabrite face aos seus concorrentes directos porque, o mercado não está organizado nesse prisma. Para a efectivação dessa condição é necessário investir muito na mão-de-obra qualificada e selecção seria de produtos a oferecer, definir um espírito de trabalho coordenado com o investimento aplicado.
A concorrência também pode estar aliada a localização. Entre as avenidas:
·        Eduardo Mondlane em paralelo com 24 de Julho;
·        Karl Max em paralelo com Guerra Popular e nas de Zonas de Ronil, Alto Maé (estatua Eduardo Mondlane) respectivamente, aqui qualquer investimento entra logo na concorrência, não do público-alvo mas sim de seus adversários directos do mercado. Pois em cada 500metros (aproximadamente) tem um restaurante, Bar, Take_away, que funciona aproximadamente até 2horas de Madrugada.
Em torno da avenida Eduardo Mondlane tem no total das duas bermas da estrada 24 estabelecimentos localizados a 1, 3 até 5 metros de distância da estrada, dos quais 19 fecham entre 17,18,19horas no meio de semana e das 23 a 2horas de madrugada nos fins-de-semana. Face a este cenário, para montar um negócio nessa área seria necessário ter tudo diferente como:
·        Obter instalações Modernas que acompanhem o ritmo de desenvolvimento da zona;
·        Revestir por equipamentos de ponta;
·        Segurança humana e de sistema;
·        Rápida facturação sistematizada;
·        Recursos humanos qualificados;
·        Aquisição e Distribuição revisada;
·        Ter uma cultura de Bom servir a todo tipo de cliente.
Como se pode ver, materializar esses pontos requer um investimento serio e prever a vida do lucro em 24 ou mesmo 48 meses de trabalho intenso, somando se às despesas de água, luz, transporte, salários, impostos etc.
Mas, o mesmo não se verifica se a área pretendida fosse a mais 10km da cidade quase uma hora de tempo de carro, onde oferece neste momento factores importante para investimento de Restauração, asseguramos que seria mais fácil e sem concorrência procurar nesses lugares que apresentam mercado monótono e egocêntrico.
·        Preços
No decurso das audiências feitas pelo grupo de pesquisa deste projecto, deparou se com a política de preço e de crédito que estabelecimentos e singulares estão a oferecer aos seus Clientes.
Uma nova realidade de mercado está surgir com investidores que se mostram interessados com o vulto material ou permanência de seus serviços no mercado do que com a optimização do lucro em si. Dos inqueridos, 89% acreditam que trabalham para manter o negócio por isso dão crédito para reter o cliente e 11% são pré-pago porque já tem o “Nome na praça” e se contem com o pouco que entra sem pensar na proporção do tempo em relação a aderência.
Quanto ao preço a realidade também é fascinante quando 3 cervejas são compradas a 100mt, quando um prato de Mariscos consumida no dia 1 pode ser liquidado 30 dias depois sem adicionar custos ou percentagens no valor do Menu.
Em suma esta realidade mostra a falta de política de preço e de credito mas, remete a um profundo estudo para se sair com lucro:
·        Criar uma política sólida de preço;
·        Ter uma politica de crédito viável a realidade do que cada cliente injecta ao longo da sua relação com a Empresa;
·        Criar ferramentas de gestão Corporativa;
·        Manter uma ligação forte com os distribuidores de modo a oferecer melhore preços de aquisição de matéria-prima.


Marketing e Vendas

INFORMACAO DO MERCADO
Neste capítulo, informação relativa ao mercado de serviços em Maputo, importa salientar a demanda que o mercado oferece face aos promotores de eventos, Catering e coberturas de grandes eventos com varias dimensões sociais seja de grandes Personalidades, VIP’S, Casamentos, e de mais especificações á medida de cada cliente.

SERVIÇOS DE PROTOCOLO
Este departamento ocupar-se-á da sondagem, avaliação e cobertura de grandes e médios eventos na sociedade.
Para a sua manutenção no mercado precisa firmar se com metodologias eficazes na procura de clientes e empreender meios adequados na satisfação do mesmo.




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mocambicano nao pensa


Estamos a sair de festividades do Natal e  de fim do Ano,alias esses momentos foram marcados por  uma" pacifica " greve dos transportadores e  dos  Medicos, para mim esses acontecimentos provam uma desordem social a que o ser humano esta sujeito em tudo em que nao pode decidir,vejo o futuro dos votantes fechado, porque funcionam na base remote politico e me espanto com a mesma sociedade.
Mocambicano nao o compreendo em muitos aspectos do quotidiano, ora vejamos.
1.       E o primeiro  apartir vidros de carros de poucos Mocambicanos que transportam os humildes aos seus trabalhos.
2.       E o primeiro a nao pensar sobre os perigos de governacao controlada ou seja consome positivamente todos discursos politicos e no fim reclama
3.       Esta dotada pela via socialistica na democracia depois de capitalismo

A verdadeira Solidariedade

A VERDADEIRA SOLIDARIEDADE

Consideremos estas idéias: “Onde há sofrimento e posso fazer algo para aliviá-lo, tomo a iniciativa. Onde não posso fazer nada, sigo meu caminho alegremente”. 
Semelhantes idéias parecem práticas, mas nos deixam o sabor de falta de solidariedade. Como seguir em frente alegremente deixando para trás o sofrimento, desentendendo-nos do pesar alheio?

Vejamos um exemplo. No meio da calçada, um homem cai em violentas convulsões. Os transeuntes se concentram, dando instruções contraditórias e criando ao redor do doente um cerco asfixiante. Muitos se preocupam, mas não são efetivos. Talvez quem chame urgentemente ao médico, ou aquele outro que põe a raia aos curiosos para evitar o aglomeramento, sejam os mais ajuizados. Eu posso ser um dos que tomam a iniciativa, ou talvez um terceiro que consegue algo positivo e prático em tal situação. Mas se atuo por simples solidariedade criando confusão, ou obstaculizando aos que podem fazer algo prático, não ajudo, e sim prejudico.

O anterior é compreensível, mas que quer dizer: “…Onde não posso fazer nada, sigo meu caminho alegremente”? Não quer dizer que estou muito contente por isso que sucedeu. Quer dizer que minha direção não deve ser entorpecida pelo inevitável; quer dizer que não devo somar problemas aos problemas; quer dizer que devo positivizar o futuro, já que o oposto não é bom para outros nem para mim.

Há pessoas que, com uma mal entendida solidariedade, negativizam quem quer ajudar e prejudicam a elas mesmas. Essas são diminuições da solidariedade, porque a energia perdida nesse comportamento deveria haver-se aplicado em outra direção, em outras pessoas, em outras situações nas quais efetivamente tivesse obtido resultados práticos. Quando falamos de resultados práticos, não nos referimos somente ao brutalmente material, porque até um sorriso ou uma palavra de encorajamento podem ser úteis se existe uma possibilidade de que ajudem.

sobre a tencao

SOBRE A ATENÇÃO

(transcrição de uma fita gravada de Silo.Setembro de 1989)
Em uma época de forte hipnose como esta, a atenção é uma arma formidável para contra-atacar a influência do sistema, para descobrir seus pontos débeis e elaborar os pontos de vista e os posicionamentos que podem esclarecer às pessoas para se oporem ao sistema. Nossa gente tem que fazer um pequeno esforço nessa direção. É um grande poder o conhecimento de si mesmo. Aumenta a reversibilidade, diminui a hipnose, permite decidir.

Eu  escuto o imbecil liberal, eu vejo suas proclamações televisivas disfarçadas de ideologia e estou atento. Eu sei que estou atendendo; e o problema da atenção dirigida, o problema para eles, é que não perco minha referência, não sou sugado pelas solicitações sensoriais que são apresentadas a mim.

Conhecemos um tipo de atenção que é a atenção cotidiana. A atenção que vai a direção dos estímulos. Aparece um estimulo, eu atendo. Faço soar um gongo e o cachorro vai em direção a comida. Movo-me em direção as coisas segundo minha atenção for solicitada por algum estimulo sensorial.

Conhecemos outro tipo de atenção. Há muitos estímulos, mas eu vou àqueles estímulos, dentre todos os existentes, que coincidem com meus interesses. O primeiro caso é o de uma atenção simplesmente solicitada por estímulos, e é uma resposta maquinal. Faço um ruído e as pessoas seguem. O segundo caso, onde o sujeito tem seus interesses e tudo isso, parece ser uma atenção algo mais consciente. Mas é uma atenção igualmente mecânica. Mesmo que não venha a mim o estímulo e que a coisa parta de mim para o estímulo, essa atenção está levada, de todas as maneiras, por essas aspirações, essas condutas que nem sequer foram revisadas. O sujeito nem sabe por que tem tais interesses. E por que segue em direção ao estímulo, porque assim está armado, assim está condicionado a responder ao estímulo. Muito interessante.

A fonte é diferente, de orientação da atenção. A primeira é uma atenção animal, solicitada por estímulos externos, e a segunda é uma atenção verdadeiramente  humana, que é ir para o outro. Mas por interesses. Observem que tanto em um caso como no outro, não se está movido por um genuíno controle, por um saber o que se está fazendo, em nenhum dos dois casos. Há diferenças entre uma e outra, mas está claro que não se sabe o que se está fazendo nem em uma e nem na outra.
Conhecemos estas formas de atenção. Conhecemos o que é uma atenção dividida, por exemplo. Conhecemos o que é estar, ao mesmo tempo, atendendo a dois estímulos. Essa atenção na verdade não é muito freqüente. Salvo em alguns ofícios, em algumas ocupações, ou em exercícios. Há certa capacidade para atender a duas coisas simultaneamente. Às vezes o ofício exige isso.

Dir-se-á: "Bom, depois isso se mecaniza e vemos a um cara que dirige um bus, recebe a grana, corta o bilhete, dá o troco, muda a marcha, xinga o de atrás. Isso se mecaniza. Mas há ofícios em que essa prática, essa atenção está dividida. Por experiências, por práticas, por exercícios, conhecemos esse trabalho de atenção. Há outro tipo de atenção que é a atenção dirigida. Nós podemos fazer muitas práticas ou experiências e a única coisa que vamos conseguir com essas práticas é compreender que a atenção é muito elástica, que admite diferentes formas, e vamos poder testar a própria atenção. Mas não podemos colocar essas práticas além do que justamente são: práticas ou uma comprovação.

Não podemos fazer isso (ir adiante com a prática), porque se pretendemos que o exercício de uma forma de atenção, por força da pratica sustentada, alcance resultados de transformação, o que vai se produzir é uma fadiga. E vamos colocar-lhe empenho no dia 1, no dia 2, no dia 3, menos no dia 4, menos ainda no dia 5 e "sayonara". O que nos exige muito esforço e não podemos localizá-lo em faixa para já trabalhá-lo sem muito esforço, é algo que não é possível sustentar, porque não obtemos benefícios proporcionais ao esforço investido.

Estes testes são de interesse porque nos permitem compreender os segredos da atenção. Uma das coisas que a atenção dirigida nos permite compreender é que a reversibilidade joga com maior fluência. Na medida em que estamos conversando e estamos atentos ao que estamos dizendo, não perdemos nosso centro de gravidade. Damos-nos conta que é bastante difícil que “engulamos a isca”. Porque poderão nos dizer isto ou aquilo, mas nosso olhar está claro. Não somos tão suscetíveis nem vulneráveis à pressão de grupo ou situações, nem à apresentação de imagens de papelão. Porque temos nosso centro em nós mesmos.
No momento certo, comentou-se que uma das características da hipnose era a perda de referências do sujeito e de sua capacidade de comparação. Essa perda da capacidade de comparação fazia com que o objeto estímulo se transformasse em algo central, não se pudesse equiparar a nada, e ao não haver comparação se caía nesse campo de influências. Isso acontecia também nos sonhos. E acontece não só em hipnoses. Acontece na vida cotidiana. A sugestão da imagem é muito forte, a sugestão do momento em que se vive, do meio social, a sugestão da imprensa, da TV, atuam muito fortemente. Não há com o que comparar, em todos os lados se encontra o mesmo, há determinados valores estabelecidos, tudo isso é aceito, nada disso é pensado, isso é o que acontece, isso é o que ocorre, você está submetido a esse grande campo de influências e sua atenção termina finalmente indo nessa direção. E aí estamos presos nessa hipnose do sistema, coisas assim conversamos no momento certo.

A capacidade de reversibilidade e de autocrítica diminui consideravelmente nas populações. Se há pouca capacidade de crítica é porque não é possível comparar coisas; por isso não é possível fazer. E se há pouca capacidade de autocrítica é porque não se podem comparar coisas dentro de si mesmo. Quem não se conhece a si mesmo não pode comparar coisas em si, está diretamente inabilitado para a autocrítica. Não se conhece, não pode fazer autocrítica.
Talvez ache que está se autocriticando, como no caso desses cidadãos que dizem: "Eu confesso que tenho que fazer uma autocrítica. Sou um filho-da-puta". Quando dizem essas coisas, na verdade não estão comparando distintas coisas que acontecem com eles. Estão utilizando o olhar do outro para lançá-lo sobre si mesmos. A autocrítica deles não tem nenhum valor. É como os criticariam outros, eles estão dizendo isso que dizem os outros de si, como elaboração própria.
 Se não há autocrítica e não há crítica, não há reversibilidade. Isto é, não se tem a aptidão para sair desse campo de influências externas provenientes do sistema. 
Não têm autocrítica porque não têm conhecimento. (...)
Põe-se em jogo a localização de si nestes fenômenos. Essa forma de atenção dirigida, se nós a apresentamos em termos de prática e de como gera-la, vai terminar em um forçamento, não nos vai dar tempo a que tenhamos resultados e vai acabar saindo mal. 
Se nós lembrássemos alguns momentos interessantes em que passeando nossa atenção fizemos coisas sem perder consciência de nós mesmos, quando sentimos uma grande potência interna, sem esforço, isso nos ajudaria mais que isto de propor-nos manter um tipo de atenção.
 Basta com que agora mesmo, enquanto estamos falando (com suavidade, com suavidade, sempre com suavidade), enquanto estamos falando atentos, atentos ao que se está dizendo, atentos às outras pessoas, basta com que nos sintamos localizados  onde estamos para que notemos um olhar bastante mais claro. Não é uma proposta compulsiva, não é um esforço por manter a atenção. É, simplesmente, um sentir-se centrado, aqui onde estamos, conversando, sabendo que conversamos, discorrendo em torno de certos temas, estamos pensando enquanto discorremos neles. Se mantivéssemos essa atitude (não essa prática nem esse forçamento), se mantivéssemos essa atitude e alcançássemos registros de maior potência e frescor na intermediação da imagem, acho que poderíamos tirar bastante proveito desse comportamento mental.

Estamos falando de um comportamento mental diferente. Que, sem dúvida, marca diferenças com o comportamento mental habitual que observamos a nosso ao redor. Nós observamos ao nosso ao redor um comportamento mental muito determinado, muito pouco manejado, pouco claro e, certamente, muito pouco potente. Parece que podemos assumir um comportamento mental, que é também conduta, um comportamento mental que tem seu ganho nisto da reversibilidade, da crítica, a autocrítica e da potência no pensar. Isto não quer dizer que a gente não vai entrar de cabeça, não é mesmo? Frente a determinados estímulos, ante determinadas coisas... a gente entra de cabeça. Não. O que digo é que se de algum modo pudéssemos transformar em um valor psicológico isto de que é mais interessante estar atento, atento ao que efetivamente se passa, atento ao que se faz, atento ao que se diz, ter isso como um “tin-tin” de fundo... Se transformássemos em um valor isto que é bom: uma atitude atenta, estar centrado frente às coisas, acho que ganharíamos. Já se o propusermos como prática ou como disciplina, ou como forçamento... vamos ter problemas.
Se o colocamos assim, como atitude, acho que vamos registrar um interessante potencial, uma maior claridade de idéias, um eixo muito crítico, muito crítico. Acho que isso é inteligência. Há uma conduta mental que se pode assumir, é conduta também. 
E se entro de cabeça, bom, entro de cabeça, mas eu tenho esse valor. É preciso ter uma posição mental atenta. Parece-me muito difícil se você está bem posto em sua atenção, me parece verdadeiramente mais difícil que você esteja mal por climas, por confusões, por coisas que estão operando mecanicamente sobre ti. Parece-me mais difícil que se simplesmente você está solicitado pelos estímulos ou vendo se isso que se está tratando tem a ver contigo ou não. Se tiver a ver contigo, vai; se não tem a ver contigo, você olha para a minhoca na parede. Você está ferrado, você está submetido a um campo de influências do caramba. Seja do sistema ou seja de teus bafos (climas), você está com problemas.

Não estou falando de coisas que sejam muito fáceis, mas são suaves. 
Cada um em algum momento deve ter —sem dúvida que insistindo e experimentando com a atenção— deve ter registrado em algum momento de certa postura atencional, deve ter registrado essa clareza, essa potência. Têm que havê-la registrado. Se o encaram como prática, haverá dificuldade. Se vão fatigar... e finalmente vão abandonar, não vai ter nenhum sucesso.

Eu reparo muitas formas de atenção. Há uma, quase animal, que depende dos estímulos externos. A outra atenção que tem a ver com os interesses, interesse que ao mesmo tempo a gente não sabe nem de onde vêm, nem por que vai... é um bólido lançado...¡Que digo, um bólido!... Não, uma bola de barro... Aí vou eu, um, uh, uh, uh, Que atento que vou!... e não perco detalhe, porque aí está o interesse. Mas, não tenho idéia do que estou fazendo!!... Bom, este é outro tipo de atenção.
Há atenções divididas e há atenções dirigidas… (não se entende na fita) … cujo centro de gravidade é o olho de quem olha, é o olhar, é suave, é interessante, crítica. E entre tantos registros, há um registro de potência interna.
 Digo que essa conduta mental produz um funcionamento mental diferente, entre essa pessoa que está colocada dessa maneira e o resto das pessoas que põem sua atenção mecânica. Parece-me evidente que têm um funcionamento mental diferente. Eu levaria em conta esta sugestão, ainda quando seja para criticá-la, para discuti-la, para dar-lhe voltas. Levaria em conta esta sugestão em torno da atenção dirigida. Uma atenção que a sustentando sem esforço te põe mais claro e tem seus registros mais interessantes, mais potentes. Olhem, que é suave.

Pergunta: Há um registro de disponibilidade interna também?

Sim. Você se interessa por qualquer bobeira, parece inadmissível; é inadmissível para qualquer pessoa razoável. Vem um filho-da-puta e te fala de uma mosca, e tu aí atento. Sabendo o que faz, você está em outra. Sim, muito disponível, contanto que esteja em marcha essa atenção. Sim, é uma forte disponibilidade interna. Não, as pessoas razoáveis… as pessoas estereotipadas, desenhos de pessoas, não têm disponibilidade, a têm só para certos temas que estão vinculados a seus interesses...
Nesse sentido, a atenção é muito disponível, tudo é muito interessante porque é a atenção a que está trabalhando. Tudo é muito interessante. Certamente você tem seus interesses e suas coisas, mas sua atenção é muito, muito disponível, quase infantil. 
Não é um mito, não é nenhuma lenda, é um comportamento mental diferente. E traz vantagens. Você pode estar xingando, você pode estar zangado, mas está localizado. Você está centrado.
Não há ação válida sem atenção válida. Como pode haver ação válida para um distraído? E de que está falando?, É um contra-senso. Isso não pode ser. Tudo isso, não.
Não pode haver ação reflexiva sem reflexão sobre o que se faz. A ação reflexiva é reflexão sobre a ação. Reflexão sobre a ação implica atenção sobre o que se está fazendo. De que ação reflexiva você está falando?, se você está movido por estímulos que não têm nada que ver com a re-flexão. Re-flexo, volta ao pensar. Se enquanto faz as coisas você não sabe o que está fazendo, se enquanto você pensa não sabe que você está pensando, se enquanto escuta não sabe que você está escutando; de que‚ ação reflexiva você está falando? Não sabe, pois, o que diz. Insisto em que é um comportamento mental, não natural. É uma intencional forma de colocar a cabeça. Bom, essa é uma forma de tocar os próprios mecanismos; sim, é uma forma de tocar os próprios mecanismos, disso se trata. Não é "natural" essa forma de pensar..., não é "natural" essa forma de sentir... Não, não é lógico, efetivamente. E isto está muito bem. (Risos).

Suavemente. Sem confusão, sem propor-se, sem forçar a mão. Mas considerando-a um valor interessante. O valor de assumir, entre tantos comportamentos que nos parecem válidos, entre tantas coisas que a gente diz: essas estão bem, essas outras estão como o cu, isso vale a pena, esse outro não; entre todos esses valores, também algo temos o que dizer sobre o comportamento mental. É um modo de ação. "Curto, porque não está movimentando cordas". Veremos, ­agora você verá! Também temos algo a dizer sobre o comportamento mental. Não só sobre o comportamento das mãos, das coisas...

Temos algo a dizer também sobre o comportamento mental. Estamos falando neste momento de um determinado comportamento mental. Mas não me faço nenhum problema moralizante, se me perco na coisa, me perco na coisa.
Eu te digo francamente que é muito menos suscetível à influência irracional dos estímulos externos. Te digo porque você está atento ao objeto e você está localizado em uma perspectiva que registra, que sente. E, sim.

Isso é tudo o que queríamos conversar sobre este tema da ação reflexiva, e como vai ser reflexiva se não se sabe o que está fazendo... Para saber o que se está fazendo é preciso estar minimamente atento ao que se está. A partir disso, a coisa da ação reflexiva pode parecer algo muito grande, mas nada disso, a ação reflexiva tem a ver com um tipo de atenção.

Tantas cagadas se produzem por estar desatento e não por outros motivos... Por erros desse tipo, por desatenção...
 Não, não sabemos muito mais disto, assim é que só isto o que podemos transmitir. Mas sim é genuíno o que dizemos. Que existe um registro diferente quando se valorizou convenientemente esta conduta mental que permite a quem olha, ou a quem faz, se ter por referência, mesmo que seja como perspectiva. Que saiba o que está fazendo, o que está dizendo, o que está escutando...
 É uma forma aperceptiva. Mas eu devo acrescentar constantemente a estas considerações, sempre o mesmo: Não transforme isto em prática! Converte-lo em todo caso, se é que te interessa, em um valor de um comportamento interessante de tua atitude mental. Não em uma prática de esforço.

Para dizer a verdade, quando você tiver muito sono, isto vai diminuir. Essa potência e essa coisa vão diminuir. Mas quando você estiver desperto, pois esteja desperto. Quando você está desperto, você deve estar bem desperto. Não estamos acrescentando muito às coisas que já sabemos. Em todo caso as estamos dando outro enfoque, dando outra volta, dada a experiência que temos nestes temas, não é? Fizemos muitas coisas... Vamos dando outra volta, voltando ao tema da atenção.
Por que não? É o tema fundamental do comportamento mental. E, para fazer o que com essa atenção? Para fazer o que você quiser. Que sei eu de teus projetos, tuas coisas, tuas atividades, teus interesses... Você verá...
Mas eu te digo: há um comportamento mental valioso, muito mais valioso que o comportamento mental dado, o que tenho. Essa é a reflexão que queríamos deixar sobre o tema da atenção.

Estivemos trabalhando com outras pessoas amigas, muito bem, e insistimos neste tema da atenção, da atenção reversível, da atenção desipnotizada, da atenção disponível, da atenção crítica, da atenção com referência à distância, do problema da sugestão do que se diz, do que se vê, da atenção posta no que a gente faz, da ação reflexiva.

Pusemos ênfase em que esse comportamento é mental e o consideramos, talvez erroneamente, como uma coisa valiosa. E não sabemos muito mais sobre este tema. E há registros, seguramente se vocês rastreiam em algum momento, verão que há registros muito potentes, de muita força, com esta graça da atenção.

Parece que se obtendo bons resultados não é preciso preocupar-se de nada porque as pessoas se entusiasmam. Na hora de obter bons resultados, parece que as pessoas gostam de andar assim. Como os pelicanos gostam de andar com uma pedra. Porque sentem um pesinho aqui ... Se não têm um peixe, pelo menos têm uma pedra. Sempre se encontra uma pedra se lhes abrimos a boca (risos). Então as pessoas gostam de andar assim. Bom, não nos levou tanto tempo este tema. Meia hora, uma hora. Mas me parece correto deixar esta sugestão. Porque pelo pouco que vimos, isto é de muito interesse. Convém, parece que nos fortalece, nos faz reversíveis, críticos, nos faz bastante reflexivos.
É um comportamento mental que pode chegar a ser um comportamento mental cotidiano. E não é o comportamento que observamos ao redor. Bom, isso é problema deles, não vamos chorar... E o forçamento não nos convém, não nos vai dar proveito, nos vai  decepcionar, nos vai fazer perder força e em pouco tempo vamos abandonar a prática.

Eu deixaria aí o tema. Chamamos a isso atenção dirigida, não esforçada, suave, compreendida por diferentes experimentos e talvez aceitada por registros favoráveis, não proposta como uma prática. Dizemos que entre outras coisas é atenção apercebida. E a englobamos no tema ‘conduta’. É uma conduta. Não há condutas desviadas, caramba? Claro que há condutas mentais! Acaso não há caras treinados, pelo motivo que for, em ver tudo mal? Não há caras cujo olhar é sempre negativo? Claro que sim, há caras que vivem nessa conduta mental!

Isto é interessante, se é que a gente se interessa pela liberdade.

Não acho que isso vá melhorar outras funções mentais suas, mas sim acho que isso pode te dar muita crítica, e muita prática em levar o olho para onde a gente quer que ele vá. Não te vai dar mais memória, não te vai dar mais agilidade no pensar, essas são características pessoais. Mas vai te dar reversibilidade. E o tema da ação reflexiva, é preciso levá-lo para esse tema. E o climão, e essa coisa que às vezes a gente tem, também se vê que diminui com a atenção. Que tende a não te tomar. Não pode ser que você esteja em um tema movimentando idéias e coisas que têm que ser cristalinas, e de repente apareça um climão e te prejudique e te embace tudo. Mas que é isto? Isso não pode ser. Como fazer isso: Põe a cabeça bem! Não convém. Não faça isso. Isto a gente vê, acho que o notamos todos, estamos muito treinados, somos alcoviteiros, muito psicologizados, acho que notamos muito ao sujeito que se climatiza, temos muita sensibilidade para isso. E nos parece uma coisa desproporcionada, não está agindo bem com sua cabeça. Ponha bem sua atenção!
Este comportamento pode constituir-se no comportamento mental habitual, com o qual se vive. É uma conduta mental diferente.

Há gente que sofre e devaneia, e se climatiza. E para que serve isso? A quem lhe serve? A ele não lhe serve, aos demais também não. E que lógica tem isso? Essas são condutas mentais inaceitáveis. (Risos).

Bom, imaginem que vem o mocinho aí com uma conduta mental inaceitável: Retire-se! Pense de outro modo a próxima vez que vier. Claro, me vem com um bafo, com uma encrenca... como se enchesse todo um pântano... Não contamine! Melhor que fale logo... Que gestos são esses! E daí desconsideração, não? Chega o tipo, te faz uma coisa, é um desconsiderado, está metido na sua confusão... Não é possível estar com ele aí, "bip, bip, bip, bip", sem dramas.

Às vezes se consegue, nos diálogos entre nós, essas coisas muito neutras, muito em tema. São estupendos esses momentos. Simplesmente se está no que se está. Mesmo que o mundo venha abaixo. As pessoas têm uns desastres que deixaram por aí jogados, mas estão interessadas em um tema, que pode ser uma bobagem, mas é muito gratificante. Mas se você está nisso, e de pronto tudo se complica, tudo fica nublado pela cagada de um clima... Olha, você está aqui, não está lá. E o que acontece lá, você não vai resolver. Por outro lado acontece lá, além disso, te atrapalhou aqui.

Não sabem, não estudam…





 

A ATENÇÂO

A atenção é a aptidão da consciência que permite observar os fenômenos internos e externos. Quando um estímulo passa o umbral, desperta o interesse da consciência ficando em um campo central ao que se dirige a atenção. Ou seja, a atenção funciona por interesses, por algo que de algum modo impressiona à consciência, dando registro.
O estímulo que desperta interesse pode ficar em um campo central de atenção, ao que denominamos campo de presença, que tem que ver com a percepção. Tudo o que não aparece ligado estritamente ao objeto central se vai diluindo na atenção, porém acompanhando a presença do objeto mediante relações associativas com outros objetos não presentes, mas vinculados a ele. A este fenômeno atencional o chamamos campo de co-presença e tem a ver com a memória.

Na evocação se pode deslocar a atenção das presenças às co-presenças, e isso é assim porque houve registro do objeto presente e dos objetos co-presentes. A co-presença permite estruturar os novos dados, e assim dizemos que ao atender a um objeto se faz presente o evidente, e o não evidente opera de modo co-presente. Isto  faz a consciência sobre a percepção, de maneira que sempre se está estruturando mais do que se percebe, ultrapassando ao objeto observado.

Existem diversos tipos de atenção dependendo do modo em que se está atendendo ao fenômeno. Assim, podemos falar de uma atenção simples, de uma atenção dividida, de uma atenção dirigida e também de uma atenção tensa.

A atenção simples é um modo de atender em que a atenção está dedicada exclusivamente à atividade que se efetua.

A atenção dividida é aquela na qual se atende a dois estímulos simultaneamente. Por exemplo, atendo um objeto ou fenômeno dado e simultaneamente estou atendendo a uma parte de meu corpo.

A atenção dirigida é uma forma de atenção aperceptual na qual a atividade do pensar está ligada a registros de relaxamento, de auto-observação, de compreensão e de claridade interna. Atendo, e enquanto atendo observo desde meu interior ao quê estou atento.

Também existe uma atenção tensa na qual a atividade do pensar está ligada a tensões corporais de caráter muscular, inúteis e desnecessárias ao processo atencional.

É importante destacar que diretamente ligado ao tipo de atenção que se põe em prática em cada situação, se porá também em jogo a perspectiva, o olhar, a colocação frente às coisas, frente aos demais e frente à vida em geral.